segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cada vez mais distante.

Eu tinha certeza que havia jogado biscoitos ali pra encontrar o caminho de volta pra lá, saber por onde passei, saber como alcançar.
Você dizia não ter mudado, isso antes de perceber que não era mais a mesma pessoa.
Lembra da mansão abandonada? Lá agora é você!
Teias de aranha. Poeira em todos os lugares. Silêncio. Vozes do passado ecoando. Silêncio novamente. Gargalhadas e novamente, silêncio!
É estranho te ver e dar um simples abraço frio por conveniência, e ver outra pessoa no meu lugar.
É estranho ler e-mails antigos e não encontrar nenhuma realidade no que antes, toda extremidade ainda não era suficiente.
É estranho poder caminhar normalmente como se tudo estivesse no lugar. E pra falar a verdade, acho que na vida, não existe lugares fixos.
Fixar-se! É um esforço divino que não é qualquer um que pode exercer!
Eu nunca aprendi a desprender-me e até agora não consigo achar isso normal, é como uma queda sem fim, você não pode voltar, apenas cair, e quanto mais você cai, mais longe você fica de lá e você nunca entende como ainda continua vivo.
Não sinto tanta falta de quem você era. Só sinto falta de conhecer você. Só.

" Por tudo que eu andei, e o tanto que faltar, não dá pra se prever nem o futuro. O escuro que se vê quem sabe pode iluminar os corações perdidos sobre o muro. E o certo que eu não sei o que virá. Só posso te pedir que nunca se leve tão a sério, nunca se deixe levar... Que a vida, a nossa vida passa. E não há tempo pra desperdiçar. " - Lenine/Todos os Caminhos.