quarta-feira, 23 de junho de 2010

Diferente dos outros.

Eu prefiro o silêncio. Onde nenhuma palavra é dita, não há como se enganar, não há mentiras, nem distorção. Prefiro mesmo é olhar nos olhos, a íris, a pupila, retina (...) Onde posso mergulhar, num mar de sentimentos e desejos verdadeiros, jamais ditos, e que continuem não ditos, tudo que é proferido perde totalmente a graça. Trocar sorrisos pela descoberta da admiração mútua.
Eu prefiro o abraço. Nele há proteção, respeito, calmaria, a expressão mais sincera e aconchegante de que um sentimento é verdadeiro. É neste momento em que pode-se sentir o coração bater, percebe-se na pulsação, a força de um sentimento, encaixa-se o nome em cada batida, viaja no ritmo que faz a alma querer dançar. Segue-se o beijo, do qual prefiro bem menos que o abraço, mas a forma que prefiro é calma, onde me dê tempo para senti-lo, na sua mais intensa forma, cada detalhe de seus movimentos e todos os choques que pulsam por todo meu corpo.
Eu prefiro tuas mãos, que passeiam sobre minha pele, cada detalhe de mim, tocado por teus lábios, tua língua, por você. Mas, diferente dos outros, continuo preferindo o silêncio, quando se olha nos olhos e a alma sente todo o prazer que corpo nenhum consegue provocar. ( Layane Bandeira)



"..onde cada hora tinha o seu encanto diferente,
cada passo condizia a um êxtase,
e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"
/Eça de Queiroz - O Primo Basílio